No "nosso" existe o Cofre Grande de Depósitos, o CGD ou o "Cofre". É propriedade da Junta e é o maior banco cá do bairro. Foi criado para ali se guardarem e garantirem os depósitos públicos e privados, atendendo à sua posição de mercado - o maior em agências, clientes e depósitos - sempre foi o braço da política no mundo financeiro.
O mundo financeiro, nos últimos anos, foi alvo de muitos altos e baixos. Crises: problemas cíclicos para uns, problemas de jogo-de-azar para outros. Talvez dos dois, dizem. A verdade é que a finança sempre deu mais dinheiro que a economia. Engenharias. Devido a tanto solavanco, o Cofre sempre foi referência de estabilidade e porquinho mealheiro da Junta.
É no "Cofre" que a Tasca tem a sua conta corrente. Sem o CGD, muitos dos negócios da Tasca não se fariam. Muitos, Moços da Tasca, foi ali que começaram as suas "brilhantes" carreiras. É, também, no Cofre Grande que a Justiça guarda as suas parcas poupanças e a Repartição depositava o Tributo. Todo o grande negócio, de uma forma ou outra, passa pelas contas do Cofre. São os débitos e haver do "nosso" bairro.
Enquanto, os bancos privados e a suas crises têm levado a vendas de Bancos Novos e velhos e, agora há "suspeitas" sobre as Caixas Mutualistas como o MonteBem, o CGD sempre foi seguro.
Mas, eis que, agora, o Presidente da Junta e cabeça-de-lista do emPÁFia, vem dizer que está preocupado. Preocupação de verão ou consequência da data das eleições, não sabemos. Entretanto, compete ao Jornalismo oficial promover a preocupação. Perguntamos-nos: privatização à vista?
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