Uma tasca portuguesa

Uma tasca portuguesa
Taberna Portuguesa

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Tempos de "Geringonça"

ge·rin·gon·ça 
(espanhol jerigonzado occitano antigo gergons)
substantivo feminino
1. Linguagem corrupta.
2. [Por extensão]  Língua que se não compreende.
3. Linguagem particular em certos meiosgíria.
4. [Figurado]  Coisa malfeitacaranguejolaobra armada no ar.


Parece que vivemos tempos de "geringonça", depois dos tempos da "Grande Marcha" eis que chegaram os tempos da "geringonça", cá na Tasca, ainda não nos habituamos ao quem é quem que resultou da dança das cadeiras.
Daí, algum silêncio aqui na blogosfera, enquanto, aguardamos a mudança completa. Finalmente, o barman da tasca vai mudar... foram mais de vinte anos de serviço, completo ao bar, na junta, na comissão da festas e, mais recentemente, na Marcha.
Ouve eleições também para a Comissão de festas, finalmente, temos um novo Presidente, o Sr. Professor. Quem, em boa verdade, já fazia campanha desde que começou na rádio. Os mais maldosos dirão que começou logo cedo, na pia batismal...
... entretanto, aguardamos os 100 dias do Indigitado. Para dar por abertas as hostilidades cá no blog, pois na comunicação social elas nunca acabaram. Gostos.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

A subtaxa

Na Assembleia de Freguesia, hoje, o tema de discussão na comissão de economia e finanças, foi a sobretaxa, uma contribuição especial decidida nestes tempos de crise de déficit do nosso bairro.
Foi um imposto especial, criado pela Junta, para, além do tributo, acudir aos problemas financeiros dos últimos tempos. Mas, considerada a data das eleições, foi criado um mecanismo de devolução, imaginado pelas mentes económicas mais brilhantes da tasca. Findo o ano, e as eleições, os contribuintes veriam devolvido o todo ou em parte do pecúlio sobretaxado, mediante os resultados da Repartição.
Infelizmente, sabemos que uma das características dos nativos cá do nosso bairro é serem um Zero a matemática, assim, criou-se um simulador, para que todos pudessem ver as boas notícias. Com apoio do jornalismo oficial,  criou-se o tema do especial dia de festa: a devolução em marcha e crescimento!
No início do próximo ano, as promessas tornar-se-iam realidade: iríamos ver o dito tributo devolvido. Festa no nosso Bairro, resultados em sondagens; resultados nas eleições: todos vencedores!
Mas, agora que se deu a queda, enquanto decorria a Grande Marcha, novos números revelam-se negativos, a sobretaxa, virou subtaxa...

O tabuleiro

Cá no nosso bairro, comer é um hábito nacional e a gastronomia foi elevada a ciência. Está na moda a fast food, é a moda. Um estrangeirismo importado. Mas, como todas as importações, na prática a cultura do nosso bairro já a adaptou: é a comida "rápida" em tabuleiro.
Serve-se em tabuleiro, mas come-se -  onde se deve! - à mesa. Na mesa, naturalmente, fica alguém a guardar o lugar junto ao companheiro invisível, enquanto o outro avia-se ao balcão. Os comes são trazidos por tabuleiro.
Come-se, bebe-se e conversa-se à mesa. O tempo pára cá no nosso bairro quando se come... É mais uma característica dos nativos. Claro está que se há mais ou menos nativos à espera de lugar pouco importa, afinal o lugar estava guardado!
Entretanto, a conversa continua. Acabada a refeição, o pessoal cá do bairro, se ainda não tomou café, aí muda de poiso... para o cafezinho. Dizem que o nosso bairro anda a café... a chá é que não será! Alguns, vão tomar o cafezinho à Tasca, aproveitam e põem a conversa em dia com o barman ou com o Moço da tasca que atenda à sua mesa.
O tabuleiro, esse fica, lá no lugar onde foi despojado da sua função, abandonado, à espera da criada... Sinal de que ali comeu um rei ou uma rainha?

terça-feira, 24 de novembro de 2015

O indigitado

A grande Marcha ainda não se deu por terminada! Porém, já temos um novo indigitado...
O Sr. Múmia, o Rei da Marcha, depois de ter ouvido as mesas, os os gerentes dos bancos onde a Tasca tem os créditos, a clientela selecta da salle priveé e, ainda, alguns dos Moços da Tasca, decidiu - após a queda - apontar ao líder do Partido das Flores, a função de orientar as Marchas, eventualmente o futuro novo Presidente da Junta, afinal é um cargo para o qual se nomeia só por convite...
Mas, se o apontamento vira indigitação, não sabemos. Entretanto, as redes sociais animam as vidas dos Trolls e Trauliteiros de costume. Independentemente disso, o novo grande líder - um dos Vencedores da noite da data das eleições - já age como o Indigitado. Transformando as promessas em programa do futuro governo da junta...
... aguardamos os próximos episódios, cá no nosso bairro.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

A queda

Lá na Tasca, deu-se uma grande queda. Não se fala de outra coisa cá no "nosso" bairro. Não se trata da queda do governo da Junta lá na Assembleia de Freguesia! Isso já se esperava desde que todos sairam Vencedores nas últimas eleições. Aliás, o processo eleitoral em curso ainda não acabou. São modas, esta última importada do Bairro Teutónico, onde constituir a Junta demora muitos meses. Nada que afecte a vidinha dos nativos cá do "nosso" bairro, entretidos que andam com a Grande Marcha. Mas, a queda que aqui para nós importa é outra, foi na Tasca: caiu por terra o arranjinho!
O arranjinho é uma figura que, apesar de pequenino, faz parte da decoração da maior parede da Tasca. Trata-se de uma imagem, algo mística - dizem de origem pagã - muito antiga. Normalmente, o cuidado do arranjinho compete aos Moços da Tasca, que o vestem os seus pequenos fatinhos, escolhendo as cores e os modelos, sobre supervisão do Barman. É a figura do arranjinho que preside às Marchas Populares. É o símbolo oficial da Tasca.
A queda de tão importante objecto tem várias interpretações, os mais supersticiosos vêm o sinal da desgraça, os místicos um aviso divino, os mais realistas dizem ser culpa do arrastar de mesas e cadeiras entre os vários ramos da Família Cassete
Cá no "nosso" bairro especula-se muito. A verdade é que o presidente-rei-barman, o Sr. Múmia, se vai reunir com astrólogos, místicos, filósofos, visionário, adivinhos e xamãs para o ajudar a interpretar os sinais.
O "nosso" bairro, aguarda com alguma ansiedade os augúrios...

domingo, 11 de outubro de 2015

Vencedores

Após, as eleições à Assembleia do "nosso" Bairro, enquanto se aguardam os resultados oficiais eleitorais, já temos vencedores:
A Coligação da emPàFia, ganhou em número de votos e mandatos;
O Partido das Flores, ganhou porque tirou a maioria absoluta à emPàFia;
O Bloco da Família Cassete, ganhou porque teve mais votos e mais mandatos do que outros...
O Partido dos Cassetes, ganhou porque teve mais um mandato.
E, ainda temos mais um novo Partido: o PANE, o Partido dos Animais e da Nova Era, defensores dos cães e gatos, anti-tourada e demais equilíbrios energéticos new age.
Enquanto, se aguarda quem afinal venceu a Junta, fica tudo na mesma. Entretanto, vamos ver como se equilibra o Yin e Yang da Política do Bairro.

A Grande Marcha

Começou a "grande marcha" no "nosso" bairro. Após, a data das eleições apontada astrologicamente como a ideal para que os Deuses se manifestassem e se mantivesse o desejado status quo do Pensamento Cítrico no bairro e consequentemente na Cidade Europa. Os resultados para a Assembleia de Freguesia do "nosso" bairro foi maioritário em minorias e minoritário em maiorias. Inconclusivo para formar a nova Junta? Não, as regras e tradições do bairro são para cumprir. A Política do Bairro, sempre esteve dependente das Marchas Populares e do seu Rei.
No desfile dos participantes em representação das ruas e de interesses do Bairro que são as Marchas, espelham-se as as mesas e os interesses da Tasca. A única diferença é que a Marcha é pública e popular, a Tasca é privada e a entrada "só por convite". Assim, começou uma nova campanha, agora para quem será o novo Presidente da Junta, mas mais importante quem será o novo Presidente-Rei da Marcha. Começou pois a grande marcha para saber quem será o novo barman da Tasca...
Na história da Cidade Imperial do Meio, vizinho longínquo mas recente investidor no "nosso" bairro, também se fez uma grande marcha, foi uma retirada, tornada estratégica segundo os livros actuais de história. Também, no "nosso" bairro esta grande marcha será parte da estória...