Uma tasca portuguesa

Uma tasca portuguesa
Taberna Portuguesa

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Bode expiatório

Num bairro onde há culpa, naturalmente há pecado e expiação, surge assim figura do bode expiatório como uma prefiguração simbólica do autossacrifício de Cristo, que chama a si os pecados da humanidade, neste caso a imagem do Messias.
Outra visão muito popular compreende dois bodes: símbolos de Cristo e do Diabo, uma vez que a expiação propriamente dita se realiza com a morte do primeiro bode, já que não existe expiação sem "derramamento de sangue". Não há expiação pela morte do segundo bode, que é simplesmente levado ao deserto para morrer à míngua. Ele representa o Demónio  que é enviado ao abismo por 1.000 anos, para refletir sobre a obra maléfica que realizou contra os seres humanos. Assim, na comunidade escolhe-se um "bode expiatório" para levar (sozinho) a culpa de uma calamidade, crime ou qualquer evento negativo (embora alegadamente não o tenha cometido).
Quanto mais, a comunidade não encontra Justiça nos tribunais das três graças, mais a busca do bode expiatório é um ato irracional (ou não, que o diga algum jornalismo ...) de determinar que uma pessoa ou um grupo de pessoas, ou até mesmo algo, seja responsável de um ou mais problemas sem a constatação real dos fatos. Para se chegar ao "bode expiatório" hoje, basta - com a cumplicidade da Comunicação Social - utilizar a arte do título que logo, logo, as zeladoras da moral e dos bons costumes do bairro ou o Justiceiro se encarregam do resto...
A busca do bode expiatório é um importante instrumento de campanha.

domingo, 30 de agosto de 2015

a contrario sensu

Veio recentemente, um deputado municipal, num curso de Tasca, fazer umas certas afirmações. A mais impactante foi que "se Partido das Flores estivesse no poder, não haveria determinadas investigações na Justiça". O que dirão disto, o Justiceiro, as Três Graças e a Arquivadoria? As demais Zeladoras concordarão...
Esqueceu o rapaz deputado que não estava em sessão da Tasca, onde em privado ponde entoar o mantra. As suas palavras logo foram propaladas pelo jornalismo de serviço, convenientemente esquecendo que a sua carreira de Moço de Tasca nada abona a seu favor. Mas estamos em campanha e há que não baixar o nível.
Controvérsias à parte, veio o Presidente da Junta, líder da empáfia, o Pedro dos Coelhos e do conto, encerrar a cerimónia, em grande auditório, com direito a directo na Comunicação Social, porque até à data das eleições, todos os dias, como hoje, são dia de festa!
O mais habituados ao raciocínio lógico e de Direito, questionam-se, assim sendo poderemos concluir a contrario sensu que não houve nem há investigação, nos últimos quatro anos e meio, a determinadas pessoas porque são dos partidos da situação, grande emPÁFia! Está visto. 

Culpa

A matriz psico-sociológica do "nosso" bairro é Judaico-cristã, na vertente católica. Como tal, o sentimento de "culpa" é muito importante. Não se trata da concepção jurídica de culpa - pois, a linguagem e os conceitos de Direito são alheios aos bairristas - mas sim, de uma concepção psicológica ou religiosa.
O sentido religioso de culpa, pelo qual os atos da pessoa recebem uma avaliação negativa da parte de Deus ou da Comunidade - Vox Dei -, por consistir na transgressão de um tabu ou de um dever moral. A culpa religiosa compreende também um estado psicológico, existencial e subjetivo, que propõe a busca de expiação de faltas ante o sagrado como parte da própria experiência religiosa: aqui nasce o pecado.
Mas, se entre o pessoal cá do bairro, todos pecam, nem todos assumem os seus pecados, o que lhes permite pagar em outra moeda. Assim, com ou sem companheiros invisíveis, lá se vai guardando o seu lugar na hierarquia do "nosso" Bairro, pois tal como na Tasca, a entrada no céu é só por convite.
Uma características dos nativos é, portanto, o "jogo" da culpa.

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

O Estatuto dos Moços de Esquadra

A segurança do "nosso" bairro está a cargo dos Moços da Esquadra. Os Moços são guardas ou polícias, é uma questão de localização da rua e de hierarquia, uns são civis os outros paramilitares, é uma idiossincrasia cá do bairro. Cá no "nosso" bairro sempre se seguiram os modelos das polícias das ilhas ou das "gendarmeries"dos bairros continentais. Modas.
No entanto, os Moços de Esquadra e a segurança do "nosso" bairro, sujeita à Justiça das três Graças, não têm o mesmo estatuto do Pessoal Janota ou da Repartição e muito menos do Justiceiro! Critérios da Tasca.
Os Moços de Esquadra não devem ser confundidos com os moços da Tasca, na Tasca só entram graduados ou futuros oficiais e para isso é preciso guardar o lugar. O acesso é só por convite, é que nisto dos músculos, nem todos têm voz para entoar o Mantra da Tasca.
Porém, hoje, é dia de festa! Os moços de Esquadra que são polícias terão agora uma novo Estatuto, promessas cumpridas mesmo a tempo da data das eleições. Os guardas terão de esperar para depois das eleições, agora é tempo de hums e silêncios eleitorais. Estratégias de Estado-Maior. Resta perguntar, teremos uma campanha segura?

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Desdentados

Segundo a Associação dos Médicos Dentistas aqui do "nosso" bairro, parece que há dentistas a mais - outro produto de exportação de sucesso para os outros bairros da cidade -  isto numa terra onde, segundo aquela associação, mais de 2 milhões de almas são desdentadas...
A "culpa" terá sido de uma cárie, um acidente ou mesmo a falta de cuidados dentários, mas a verdade parece ser que uma outra característica dos nativos: têm falta de dentes !?!
Dentes e dentição, nunca foram uma preocupação da Tasca. No estabelecimento mais importante do "nosso" bairro o que importa é o que se come. Quanto e o quê! O como sempre foi uma questão secundária. Claro está que desde 1986, ano da Graça da adesão à Cidade Europa, o "como" passou a ser algo importante, é que há normas, diretrizes e regulamentos a cumprir.  Não se pode engolir, sem mastigar, e para mastigar é preciso dentes, de leite, de definitivos ou de porcelana. Também há quem os tenha de ouro. Dentro da Tasca sempre houve mais escolha do que nas ruas do "nosso" bairro, porém, é preciso respeitar a hierarquia, pois até os dentes têm funções e lugares (pré) destinados. É a vida. A saúde da "boca" é muito importante, mas dependente do que se come, como se come e com que dentes. A higiene oral é muito importante, nunca foi tão importante lavar, escovar, passar o fio e bocejar o elixir, é essa a boa notícia. Está explicada a inveja de determinados sorrisos.
À falta de dinheiro, junta-se agora a falta de dentes. Está explicado porque é que cá no "nosso" bairro os cães ladram, mas não mordem...

terça-feira, 25 de agosto de 2015

100

Este é o nosso centésimo "post". Pelo que repetimos o nosso agradecimento a todos os que nos têm acompanhado neste pequeno espaço de história e estórias sobre o "nosso" bairro e cidade. Têm sido tempos divertidos, onde vamos escrevendo uns "disparates" inspirados na realidade do "nosso" bairro. E que realidade, mesmo nos dias menos inspirados, basta ler, ver ou ouvir umas quantas notícias que logo, logo nos sentimos inspirados.
Gostaríamos de ter algum mais tempo para nos dedicarmos ao blog, mas, naturalmente, por razões pessoais e/ou profissionais tal não nos é impossível. Gostaríamos, também, de ter mais algum feedback dos nossos leitores. Sabemos que alguns posts já foram republicados, em especial nas redes sociais, o que só nos honra.
Deste lado, tudo fazemos para manter - sem qualquer assunção de responsabilidades - a "nosso" blog interessante, divertido e acutilante, com algumas pitadas de sarcasmo, naturalmente.
A tod@s o nosso obrigad@.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Quatro anos e... MEIO!

A campanha chegou ao "nosso" Bairro. Estão aí as eleições para a Assembleia de Freguesia, e indirectamente para a Junta. A oposição critica e ataca, a situação defende-se. Normal em democracia. Com ou sem "debates" a campanha irá fazer-se.
Porém, há uma conta que deve ser feita. Sabemos que uma das características dos nativos promovidas no "nosso" bairro é ser-se "zero a matemática". Não interessa à Tasca que as contas sejam feitas de forma acertada. Assim, quatro anos E MEIO, têm sido reduzidos a quatro aninhos de triste combate à crise, resultado de uma pesada - pesadíssima - herança da(s) política(s) do bairro, com base num determinado pensamento cítrico... em que a austeridade e os empréstimos são para pagar, juntaram-se ao mantra da Tasca. Claro está, que depois de quatro anos e ... meio, garantidos e protegidos pelo presidente-rei da marcha, já se avizinham tempos felizes em que quotidianamente temos boas notícias, e todo o dia, hoje é dia de festa! O "nosso" bairro será, nos próximos dias - tal como nos programas eleitorais - a verdadeira Jerusalém Terrestre!

domingo, 23 de agosto de 2015

Debates

Em democracia há debate. Dizem. No nosso bairro, a assembleia do bairro aprovou, com os votos da maioria que hoje vai a votos como coligação da emPÁFia , um novo regulamento dos debates: mais justo, mais democrático, mais plural... Foram, naturalmente, ouvidas as preocupações da comunicação social e, depois de algumas "pressões" a versão do jornalismo comercial, oficial digo, lá vingou.
Porém, agora que começou a campanha, a coligação da emPÁFia, diz que não vai a debates. Não é justo, a sua coligação vale por dois... afinal, até estão no governo da Junta e da tasca! Claro está que do partido das Flores, surge alguma indignação, mas não muita, afinal os debates a dois estão garantidos, e todos sabemos que o tango da tasca se dança a dois...
O presidente da Junta, e líder da emPÁFia, o Pedro dos Coelhos, mais conhecido pelo seu conto, recusa-se a enfrentar em debate Jerónimo Cassete. Será medo? É que a família cassete come crianças e coelhos ao pequeno-almoço, dizem. Entretanto, fomos a banhos, tal como Pedro e a sua mulher segundo as revistas sociais. No fundo, a "questão" dos debates tal como a dos cartazes, não passa do mesmo: a arte do título. É que até à data das eleições, todos os dias são dia de festa. Mas, não vamos baixar o nível, nem alimentar a inveja uma das características dos nativos, segundo as más-línguas do "nosso" bairro.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Empréstimo para pagar

Eis que, depois de uma Primavera e um Verão quentes, lá para o lado do Bairro dos Helenos, com  as negociações, algum impasse alguma traição e um referendo e tudo o mais que mostraram haver problemas na cidade, a verdade é que a Europa, algum Bairrismo posto de lado num duelo que dividiu a Cidade,  lá houve acordo entre a Cidade e o Bairro dos Helenos. A cidade decidiu abrir os cordões à bolsa, libertar fundos e resolveu "ajudar".
Foi um empréstimo de muitos milhões, consideradas as condições  e o acordo forçado, lá receberam a transferência os Helenos. A primeira dívida a pagar? A dívida aos que emprestam! Pois, no fundo a economia é circular baseada no quem tem manda, para receber com juros. A circulação aumenta a massa - é uma das regras desta economia. Sic transit gloria mundi.

sábado, 15 de agosto de 2015

Hoje é dia de Festa

Hoje, é dia de festa! É a festa da coligação da emPÁFia! Este ano é especial, afinal, estamos em campanha! As eleições não se lixam.  Onde, temos oportunidade para novamente ouvir o conto, adocicado com boas notícias.
O jornalismo de serviço, lá está para noticiar, divulgar e promover. Assim, é a independência da Comunicação Social no "nosso" Bairro. Aqui, não há lugar para "erros" como o dos cartazes. O profissionalismo dos Moços da Tasca é reconhecido.  Em caso de "falhas", salvar-nos-á a "arte do título".
É a festa do verão, quem pode guarda o lugar e faz a reserva, esta festa é só pra convite. A segurança garantida pelos Moços de Esquadra e pelo Pessoal Janota. Os nomes das listas da emPÁFia, vão lá estar todos, bem como as Zeladoras e demais primas, a data das eleições será em breve.
Os discursos serão noticiados e promovidos, em especial, o do actual Presidente da Junta. Este, com certeza não irá baixar o nível. Pedro dos Coelhos que pelo menos levará uma das "suas" mulheres sabe prometer e bem.  A festança será por conta do pessoal cá do bairro. Não há que ter saudades nem insistir nas nomeações, com a ajuda da Tasca, a Vitória é certa!

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

boas notícias

Agora que chegou a pré-campanha para as eleições cá no "nosso" bairro é ver os agentes do jornalismo a esforçarem-se na "arte do título" bem como na produção - em massa - de boas notícias.
No meio de "notícias" da época, típicas da silly season como a dos cartazes ou recorrentes como as dos incêndios florestais ou o football, agora que está marcada a data das eleições, eis que temos as "boas notícias".
Afinal, estamos melhor. O "nosso" bairro não é o bairro dos helenos. Os últimos 4 anos e meio foram um mal menor. São gente boa e esforçada. Subimos nos Rankings e nos índices. As exportações e a Economia crescem... timidamente, mas crescem! Somos o destino turístico n.º 1. Somos os melhores em qualquer coisa, uma ou outra característica dos nativos é exaltada ou elogiada. Até propostas que foram maturadas nas gavetas durantes anos, aparecem por magia! É pensamento positivo. Dizem.

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Vendeu-se o Banco Novo?

Parece que é oficial, segundo o jornalismo económico,  o anúncio "Banco Novo, vende-se" encontrou comprador. Será o grupo KaBang que irá comprar um banco no Bairro centenário - cujas ações foram tão elogiadas pelo Sr. Múmia - transformado por contas e ajustes no Banco Novo. Enquanto isso, o "primo mau" presidente do banco velho, fica em casa por decisão do justiceiro, à espera da Justiça.
O comprador é uma seguradora oriental de origem insuspeita. Tem comprado muita coisa, hotéis, bancos e seguradoras pelo mundo fora. É o peso e valor das patacas, terão uma plantação de árvores?
O presidente-rei da Marcha, a Junta e o seu Presidente lavam as suas mãos deste problema, mesmo a tempo da data das eleições.
As contas do banco mau e do banco velho transformado em novo ainda não estão fechadas, mas o comprador levará um banco novo livre de ónus e encargos, um negócio da china, os saldos ficarão por conta dos mesmos de sempre: o pessoal cá do bairro. É para isso que pagam Tributo.
Enquanto isso, na Tasca, o arroz chau-chau e os crepes chineses entraram definitivamente na ementa. Alguns dos Moços da Tasca já estão a aprender mandarim para cantar o seu Mantra. Ainda nos vamos ver chineses cá no "nosso" bairro. Dizem.

O mantra da Tasca

O mantra da Tasca.

Negócios públicos, vícios privados;

Gestão pública, vícios privados;

Dinheiros públicos, vícios privados;

Vícios privados, públicas virtudes.

Assim, entoam os Moços da Tasca, nas suas sessões de trabalho, sob a presidência do Barman.

Incêndios Florestais

Chega o Verão, chega a confusão. Não é só as confusões das férias e das praias, das estradas e dos acidentes, ou até da campanha até às eleições. É mais um "verão quente", tradição histórica do "nosso" bairro.
Não há bosque, floresta ou parque que não pegue fogo. Os bombeiros (sapadores ou voluntários) não têm descanso. Às condições meteorológicas, securas, coberto vegetal, orografias e acessibilidades ao local do incêndio somaram-se as alterações climáticas - nunca se viu um "verão tão quente". Haja, intervenção atempada e consciente à labaredas, fogos e demais catástrofes ígneas, causadoras de prejuízos económicos e ambientais, por vezes, fonte de perigo para pessoas e animais.
Os incêndios florestais são catástrofes naturais, desenvolvem-se na Natureza e  a sua possibilidade de ocorrência e características de propagação dependem fortemente de factores naturais. Porém, a intervenção humana desempenha um papel decisivo na sua origem e na limitação do seu desenvolvimento. Num bairro deserto e envelhecido quem cuida da floresta?
Salvam-nos os bombeiros que de incendiários estamos cheios! São tantos os incendiários que o Pessoal Janota quase não ia a banhos, safou-os a despriorização... Incêndio é para a arquivadoria!
A floresta é património, vale muito, há sempre negócio. No "combate", naturalmente também há negócio. Meios e subsídios, são discutidos na esplanada da Tasca, regados a bejeca e com tremoços, está calor. Dizem.
Os incêndios de grandes proporções, ao contrário dos grandes negócios,  são normalmente avistados a vários quilómetros, devido aos seus fumos negros e densos. São, ambos, das catástrofes mais graves no "nosso" Bairro, não só pela elevada frequência com que ocorrem e extensão que alcançam, como pelos efeitos destrutivos que causam.
Infelizmente, tal como o Verão, os incêndios florestais passam. Para o ano, enquanto houver floresta, haverá mais. Prevenção, tal como para com a corrupção, fala-se na Tasca, mas não passa do papel...

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Cartazes

Fomos a banhos, mas não podemos deixar de notar que a campanha para as eleições, oficialmente ainda não começou, e já está ao rubro apesar dos avisos para não se baixar o nível. De um lado, as picardias entre os partidos em luta, normal em período pré-eleitoral, do outro os temas típicos da época, alguns fruto da arte do título de certo jornalismo e comentadores. Entre estes, as zeladoras, também estão atentas!  No momento, o tema "debaixo de fogo" são os cartazes, Até o Sr. Professor, já comentou.
Primeiro, foram os cartazes do Partido das Flores de inspiração evangélica a sonhar talvez com a letra da cantiga em que "o sol quando nasce é para todos". Não contentes com as críticas das hostes, em especial as mais laicas, colocaram cartazes com citações e cujos números não batem certo. Mas, já se sabe que, muitos dos sectários das Flores, na escola tiveram zero a matemática. Entretanto, as caras dos citados - avençados de uma juntazinha ou de um cacique local -  dizem nunca terem autorizado a imagem. A fotografia rouba a alma, diz-se. O tema foi tão controverso que até já se nomeou um novo director de campanha, aguardam-se os próximos episódios.
Agora, voltam-se os olhos das redes sociais para os cartazes da coligação da emPÁFia, mais profissionais e com imagens compradas lá fora e mensagens pensadas por profissionais. O Presidente da Junta e os Moços da Tasca confiam a campanha a profissionais. Assim, tal como no passado, transformou-se o conto: Pedro e da crise, em bestseller, aposta-se num remake. Na tasca, aguarda-se o lançamento do livro e os resultados na noite da data das eleições...

O companheiro invisível

Quando se viaja de transportes públicos aqui no "nosso" bairro,  repara-se que há quem viaje sempre acompanhado.
A companhia é sempre virtual,  uma -  fruto dos tempos - é com outros,  ausentes fisicamente,  mas presentes via ondas hertzianas,  HTML ou outra... Há quem não suporte a solidão ou o silêncio. Então levam o tempo todo a falar ou a teclar...
Quando "falam" a sua vida,  ou pelo menos a metade ouvida,  passa a pública,  tal como a refeição publicada nas redes sociais...
Mas há outro companheiro - o invisivel -  que de tão importante que é teu o seu lugar marcado...  A mochila,  o saco ou a carteira (daquelas em que caberia uma cabeça) são a marca. Onde estão,  o lugar está ocupado pelo companheiro invisível,  não haja confusões...

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Fomos a banhos

Os autores, tal como a maioria do pessoal cá do bairro, fomos a banhos! No fundo, entrou Agosto, mês da praia, cheia de crianças aos gritos, as toalhas e as trouxas a guardar o lugar,  e bolas de Berlim, com ou sem creme. Alguns de nós, ficaram pelo centro do "nosso" Bairro. Agosto é um bom mês para... "trabalhar" - patrão fora dia santo na loja.
Assim, tal como o bairro, aqui o blog vai a meio gás. Preparado-nos para Setembro... Agora, que a data das eleições foi marcada e a campanha iniciada, estamos a recompor-nos de energias e alguma ironia, com pitadas de sarcasmo, para os tempos que se aproximam...
Uns rumaram a sul, gostam das águas quentes do Rio. Outros ficaram-se pelas praias atlânticas ou pelas marginais da linha de comboio.
Aqui, à beira-mar, sentados na esplanada, com um copo de gin na mão e o tablet na outra - somos gente moderna - olhamos, para este mar de gente aqui na praia e aproveitamos este tempo, em que, todos - ou quase todos - fomos a banhos, aqui no "nosso" bairro.

Campanha

Desde que a data das eleições foi marcada que a campanha já começou. Em boa verdade, para quem conhece minimamente a política do bairro, sabe que a campanha nunca acaba, seja-se poder ou oposição. É a democracia à la "nosso" bairro. Claro está que na Tasca, a campanha faz-se de outro modo. É algo pessoal, não se mexe "uma palha" pelos partidos, mas sim pela sua posição na lista, ou até na campanha
A campanha em si - apesar de ainda não ser oficial -, já está lançada, pela situação, os da coligação da emPÁFia; pela oposição o Partido das Flores de um lado,  do outro todos os ramos da Família Cassete, e, ainda, uns quantos mais, que poucos conhecem e a comunicação social não cobre.
Nas redes sociais, os humores começam a ficar ao rubro, fruto da "arte do título" dos comunicadores e comentadores de serviço e de algum jornalismo. Certo, é que a campanha, oficial ou não, só passará por onde há pessoal cá do bairro que vota, os outros ficam-se pelas ruas que ninguém visita.
O Presidente-Rei da Marcha e o Presidente da Junta, ambos directamente interessados no resultado das eleições, pedem para evitar "baixar o nível". Entretanto, participar na vida na Tasca, por estes dias, começa a ser "só por convite". Os Moços da Tasca, colocaram-se à porta. É que, lugares e tachos cada vez são menos e há que "guardar o lugar". É a crise, dizem.

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Vila da Porta

Bem junto à Europa, existe uma Vila independente: a Vila da Porta, mais conhecida pela Vila dos Osmanos, é uma Vila muito antiga, fazia parte da Cidade Romana, quando esta caiu, ficou com a Vila do Oriente. Depois de tomada pelos Osmanos, tornou-se uma grande Cidade entre a Europa e a Margem Sul ocupando as duas margens orientais do Rio: a Cidade da Porta Sublime. A Vila foi o que sobrou quando por causa da I Grande Confusão, os bairros e vilas que a compunham se separaram com a ajuda de alguns Bairros da Europa...
A Vila da Porta é candidata a pertencer à Cidade Europa, mas tem a oposição dos Bairros do Norte. É muita gente, afirmam uns, é Muçulmana afirmam outros. Do ponto de vista geo-estratégico, são excelentes aliados que fazem as fronteiras com as Vilas da Margem Sul, bem como com a Cidade do Urso. O Urso não deve ser incomodado, deixem-no hibernar.
No presente momento, convém recordar que o Bairro dos Helenos já fez parte da  Cidade da Porta Sublime. Não foram tempos que considerem esplêndidos ou encantadores... Instalou-se uma rivalidade, são visões da vida semelhantes mas separadas pelo Deus e pela língua. Divergências históricas que levaram a divergências estratégicas. Quando se tem os bairrismos ao rubro na Cidade, convém recordar a geografia das Cidades.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Cidade do Urso

O maior vizinho da nossa Cidade é a Cidade do Urso. A principal fornecedora de gás da cidade. É uma cidade muito mais fria e muito maior que a Europa. Já foi uma Cidade Imperial, grande e poderosa, terra de Césares e Ursos, onde no meio do frio e da neve, se encontram os mais variados recursos naturais.
Já foi o coração da CCCP: a Confederação das Cidades Cassete Popular. Um sonho tornado pesadelo quando se achava que os Cassetes iriam governar as Cidades e as Vilas de forma popular. Foram tempo de Festas e Cultura Popular. O folclore universalizou-se. Era a grande revolução. Um sonho para muitos e um pesadelo para tantos outros.
Na sua imensidão, muitos foram os invasores, transformados em derrotados. O general Inverno guarda aquelas fronteiras sagradas, históricas e permanentes como o gelo. A neve e a lama, juntamente com o espírito inquebrável do seu povo, balizam a grande Cidade. Os Vladimir lideram aquele povo, regado a "aguinha" e com medidas popularizadas, procuram ser os Césares dos tempos modernos. Fontes, presentes e futuras de preocupações na Cidade Europa.
Hoje, nos escombros da dignidade imperial e das quimeras da CCCP, a Cidade do Urso, procura reencontrar-se, entre os valores ocidentais e as tradições orientais, ela é a porta do entre o Ocidente e o Oriente.