Hoje, foram as exéquias da Sra. D. Maria de Jesus, esposa do Sr. Dr D. Bucca, distintas figuras do "nosso" Bairro. A falecida foi uma grande Senhora. De convicções. Trabalho cultural, social e político em prol do bairro e dos seus fregueses. Fica notada a justa homenagem.
Foram todos: família, amigos, conhecidos, desconhecidos e demais notáveis. É a tradição do "nosso" bairro, vão todos, mesmo aqueles que não conheciam a morta. E, também, aqueles que a difamaram ou prejudicaram em vida. Ao "de cujus" perdoam-se todos os pecados, ao defunto só loas e elogios. Mesmo que neles não acreditem, dizem. As carpideiras terão um dia em cheio, embora a moeda em que se paga os seus serviços agora, seja outra.
Perante a morte, alguns lembram-se de que se há igualdade é no fim. Todos, independentemente, da posição na Tasca à "Ceifeira" irão prestar contas. Nestes dias de recordação que a vida tem fim e que o poder e o dinheiro tem coisas que não compram.
A Tasca põe-se de luto. Fechou, o barman foi ao funeral. Os clientes deixam a bebida e passam no velório e na Igreja. No velório, despedem-se do falecido e aproveitam para rever amigos e sócios. Na igreja, procura-se a contrição dos velhos pecados. Limpar-se-á a folha para novos? Renovam-se contactos, renovam-se negócios. De tarde, a Tasca voltará a abrir.
A nossa homenagem a uma Senhora de solidariedade, de liberdade e de amor. Uma cidadã em todos os sentidos.
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