Pedro, o "nosso" Presidente da Junta, apresenta-nos mais aviso - os "lobos vêm aí" vejam os Helenos! - com tanta alegoria urbana, estaremos mais "fortes". O "nosso" bairro recomenda-se, como exemplo de bom aluno. A dívida aumentou, a pobreza e a miséria também, mas o emprego precário aumentou! Até os serviços sociais reduziram os custos. Nos rankings da desigualdade, o bairro tem subido! Não se trata de mitos, mas sim de realidades. Paralelas? talvez, dizem. São os paradoxos do quotidiano do "nosso" bairro. Uns vêm mentiras como verdades outros vice-versa. O Sr. presidente da Junta não mente, às vezes fala em realidades paralelas... só os néscios não compreendem. A formação e experiência como "moço da tasca" deu-lhe o traquejo verbal, emocional e intelectual.
A oposição, dos moderados aos extremistas, grita, qual "coro de tragédia" os males dos números e das ilusões num bairro cada vez mais envelhecido. As realidades do mito ou os mitos da realidade, são discutidos, falados e debatidos. Este debate, atendendo ao calendário eleitoral, mostra os deputados a defender a que se tapem os buracos lá da rua. Lembraram-se. Entretanto, a discussão não muda as realidade do "estado em que estamos".
Depois da discussão, os ânimos vão acalmar-se, e acabar por tomar uns refrescos na Tasca. As eleições são daqui as uns meses. O jogo-das-cadeiras far-se-á ao som da música da Tasca e no fim servir-se-á o vinho da casa. É o estado em que estamos no "nosso" Bairro.
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