Uma tasca portuguesa

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Taberna Portuguesa

quinta-feira, 23 de julho de 2015

MonteBem

Há no "nosso" banco, um banco especial, não é bem um banco é uma caixa económica, isto é, faz tudo o que um banco faz mas pertence a uma associação mutualista: a MonteBem. O mutualismo é uma forma muito antiga de solidariedade, mesmo antes de haver Serviços Sociais, as pessoas do "nosso" bairro juntavam-se, poupando, verbas para apoio mútuo. É a solidariedade social. A economia de mercado e social, algo avessa ao pensamento cítrico.
A associação MonteBem e a respetiva Caixa cresceram, tornaram-se uma associação e um banco grandes em números de pessoas e empréstimos. A Associação e a Caixa terão sido sempre conservadoras nos seus investimentos, mais em direitos e bens reais. Sempre tiveram casas para vender e arrendar. Negócios certos e seguros. A Tasca sempre deu muita atenção à associação e à caixa, que sempre foram consideradas como "suas". O que é do "nosso" bairro no fundo é da Tasca. Dizem.  Era tanta a liquidez que se chegou a comprar um banco. Na Tasca sempre se decidiu o "jogo-das-cadeiras" no MonteBem, uma das marcas de "vinho-da-casa".
Entretanto, na Comunicação Social, as notícias, os rumores e os boatos, há mais de dois anos que colocam em causa os depósitos e as poupanças dos mutualistas. Todos sabemos que a banca, depois da última grande crise, ficou descapitalizada e o Banco da Cidade Europa exige ratios maiores. Os "reguladores" há muito que auditam e inspecionam, não se sabendo o que tanto vasculham...
Num bairro moderno, não interessa o bem que faz, mas o lucro que produz. Dizem. É o pensamento cítrico em acção.
A quem interessará a "falência" da Caixa do MonteBem? Entretanto, a Junta, muda as regras das caixas. Ter-se-á, tornado apetecido o banco?

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